Hoje tive oportunidade de fazer dois mergulhos na Nazaré, juntamente com mais alguns mergulhadores da comunidade ADNGDiving. O Artur foi o meu buddy em ambos os mergulhos e, apesar da minha limitada experiência, senti-me suficientemente à vontade para desfrutar ao máximos de ambas as descidas.A viagem de barco foi a primeira das aventuras... conseguir não enjoar acabou por ser uma vitória, com muita pena dos cardumes de peixe que rodeavam o barco à espera de uma refeição inesperada...
A visibilidade não era das melhores, mas tal não impediu que fossemos presenteados com exemplares de diferentes espécies. Da primeira descida, guardo na memória um congro, uma santola, polvos e solhas, entre outros. A parede é algo verdadeiramente imponente! Estrelas-do-mar com fartura, anémonas, ouriços-do-mar, caranguejos escondidos nas fendas mais pequenas. E a fola, a recordar-nos a força do mar que tão gentilmente nos recebeu...
E após o primeiro mergulho, toca a subir para o barco sem escada!
E depois da viagem de regresso ao porto, nada melhor que um almoço rápido. Pizza no cardápio! E o pessoal a queixar-se do frio, o que fez com que um ilustre mergulhador fosse vestir o fato... ou talvez a vontade de passar por piloto tivesse falado mais alto e o frio tivesse sido apenas uma desculpa... seja como for, sem capacete não engana ninguém...
O segundo mergulho teve condições de visibilidade piores. E curiosamente, muito menos vida animal... o que me levantou uma questão: terá o concurso de pesca-sub tido alguma coisa a ver? Ainda assim, encontrámos um belo polvo e uma santola.
Novamente uma subida sem sobressaltos, e uma saída da água sem grandes dificuldades.
Após regressar ao porto e arrumar o material, ficou a vontade de lá voltar :-)
A todos os presentes, o meu muito obrigado Joana
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Paulo Nery, mais uma vez vez a cobertura video e fotográfica dos mergulhos, com a sua Intova; aqui ficam as imagens:
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A vida Marinha nesta parede, não deixa de nos surpreender. Neste dia, apesar da visibilidade não ter estado no seu melhor, permitiu encontros faunísticos de destaque; os cavacos, populavam como que "gafanhotos" em cada reentrância; mais uma espécie que é raro ver com abundância nos dias correntes.
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Polvos e safios de grandes dimensões. Miguel Oliveira, registou pela primeira vez o encontro com um cardume de robalos, neste local, provavelmente à procura de refúgio, uma vez que neste mesmo dia decorria uma das provas do Campeonato Nacional de Caça-Submarina; isto também permitiu aos participantes conhecerem ou reconhecerem muitos dos atletas Nacionais que se dedicam a este desporto.
As santolas são de dimensões mais uma vez, invulgares, em vários casos, superiores ao peito de um mergulhador.
Neste dia, talvez pela visibilidade existente, os nudibrânquios ou a sua presença não foi assinalada, mas certamente por lá andariam.
Enquanto alguns foram fazer um dos seus mergulhos de Aventura do curso Advanced, os restantes aproveitaram para fazer um reconhecimento do local, com toda a calma e descontração.
E na calma, houve até tempo para retocar o penteado...:)
Testemunho de Paulo Nery:
Pela minha parte gostei imenso de visitar a "Parede", que não conhecia de todo. É uma formação bastante interessante que nos remete para a nossa condição de "visitantes" num mundo que julgamos dominar. Aliás esse é um dos aspectos mais interessantes desta actividade! A descoberta de um novo mundo.
Pela minha parte gostei imenso de visitar a "Parede", que não conhecia de todo. É uma formação bastante interessante que nos remete para a nossa condição de "visitantes" num mundo que julgamos dominar. Aliás esse é um dos aspectos mais interessantes desta actividade! A descoberta de um novo mundo.
Dentro das limitações impostas pela visibilidade, gostei bastante da imponência da "escarpa" submersa. Juntamente com a Srª Santola, os Polvos e a restante fauna, pude apreciar as diversas formações de corais e pólipos aí existentes.
Pela minha parte, mergulho a repetir, amizades a consolidar.
Faço só uma chamada de atenção para um aspecto que ontem me incomodou. Apesar de um grupo de mergulhadores sinalizar, e bem, a sua posição e a subida através do uso da bóia de patamar, um praticante de moto de água, teimava em fazer as suas habilidades perigosamente junto da zona da bóia... Eu, que já estava no barco assisti a este triste espectáculo... o "motoqueiro" indiferente aos meus sinais, persistia na demonstração das suas habilidades. É pena.
Paulo Nery - DiveNery
